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Atualizado: 8 de jul. de 2022




Um dia, um homem procurou a Jesus querendo saber o que deveria fazer para conseguir a vida eterna. Jesus o orientou a guardar os mandamentos da Lei, vender tudo o que tinha, dar o dinheiro aos pobres e, depois, segui-lo. O homem foi embora triste com as condições colocadas por Jesus, recusando a aceitá-las, pois era muito rico. Em outra ocasião, Jesus, preocupado com a cidade de Jerusalém, fez um lamento sobre ela dizendo:

“Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedreja os que são enviados a você! Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram!” (Lucas 13:34).

Esses trechos são dois exemplos de que Jesus não impôs sua mensagem a ninguém. Ele ensinava e deixava a cargo de cada um aceitar ou rejeitar. Ele não fez um movimento para que seus ensinos fossem colocados como lei na constituição do país, para obrigar o povo a obedecê-los. Jesus veio e trouxe sua mensagem para alcançar e conquistar o coração das pessoas e não para impor pela força das leis.


De forma contrária, vemos a Lei de Deus destinada ao povo de Israel que viveu no período descrito no Antigo Testamento. Ali temos um povo formado por Deus e que deveria aceitar ser governando diretamente por Ele através de suas leis, ou seja, um governo teocrático. Deus os estava formando para que Deus Filho encarnasse em um povo que O conhecesse, O adorasse e que teria a missão de ser sacerdote, ou seja,

intercessor junto a Ele em favor dos demais povos. Foi uma situação exclusiva para o povo de Israel que viveu nos tempos do Antigo Testamento.


Jesus nasceu entre os judeus e nos mandou pregar e ensinar, assim como Ele fez e a decisão em aceitar ou não deve ser pessoal e não uma imposição legal. É por isso que pregamos a liberdade de religião não apenas para nós, os cristãos, mas para todas as religiões. Não se deve impor a ninguém a prática dos ensinos de Jesus ou outro credo religioso.


Então, o que esperamos dos nossos governantes é que trabalhem para que qualquer cidadão tenha a liberdade de pregar, ensinar e praticar a sua religião e que não privilegie apenas uma. Nós, cristãos, queremos ter a liberdade de transmitir e praticar os ensinos de Jesus, mas devemos trabalhar para que esta liberdade seja para as outras religiões também.



Atualizado: 8 de jul. de 2022

Temos pela frente mais um ano de eleições e, ainda por cima, polarizadas. Classificar algo, seja o que for, em apenas dois grupos faz com que se perca a riqueza da diversidade. Deus valoriza a diversidade e isso é demonstrado na diversidade dos seres criados. Para se ter uma ideia, só o mundo dos insetos é constituído por mais de 800 (oitocentas) mil espécies conhecidas. Olhando para o ser humano, sabe-se que não existe um igual ao outro e, segundo especialistas em estatísticas, já passaram pelo nosso planeta mais de 107 bilhões de pessoas.


Jesus, ao formar o seu pequeno grupo de doze apóstolos, o fez com pessoas diferentes: pescadores, cobradores de impostos e um, Simão, o Zelote, que era de um partido político nacionalista. Eles vinham de diversas regiões, como Pedro, João e Tiago que eram da Galileia e Judas Iscariotes que era da Judeia. Eram pessoas com personalidades e interesses diferentes, mas Jesus transformou suas vidas e os fez superar as diferenças entre eles para focarem na missão que Ele lhes deu: “Eu os farei pescadores de homens” (Mateus 4.19- NVI).


Ao instituir a igreja, Jesus, também, a formou com diferentes pessoas, vindo de regiões diferentes e tendo diversidade de dons e habilidades. O apóstolo Paulo assim descreveu a dinâmica na igreja: “Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo. Há diferentes tipos de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos” (1 Coríntios 12:4-6 - NVI). Veja que a unidade da igreja é construída sobre a diversidade.


Precisamos estender esta dinâmica da unidade que parte da diversidade para o campo político-partidário, principalmente no ambiente da igreja, seguindo o padrão bíblico de respeito à individualidade, focando na missão da igreja e protegendo-a das divisões internas. Podemos e devemos conviver com a diversidade de ideologias partidárias, mas, para isso, se faz necessário que se respeite o pensamento do outro. Queremos que o outro respeite nosso modo de pensar e, assim, do mesmo jeito, devemos respeitar a maneira como o outro pensa, mesmo que não concordemos com ele.


A última campanha eleitoral realizada neste ambiente de polarização, refletiu na unidade de muitas igrejas, trazendo divisões. Como membros da igreja de Jesus, vamos respeitar a posição política do outro e, assim, conquistar o respeito para com a nossa visão política e de mundo e, sobretudo, vamos preservar a igreja que Jesus Cristo na qual Ele nos fez parte.



Um dos grandes desafios para a religião nos dias de hoje, principalmente para o cristianismo, é o abandono da concepção do sagrado. Sagrado, na visão bíblica, falando de maneira bem simples, é tudo aquilo que é dedicado a Deus. No Antigo Testamento, temos uma mensagem do próprio Deus, através do profeta Ezequiel, que resume o conceito e finalidade do que é dEle ou sagrado. Assim está escrito:

“Eu lhes dei os meus decretos e lhes tornei conhecidas as minhas leis, pois aquele que lhes obedecer por elas viverá. Também lhes dei os meus sábados como um sinal entre nós, para que soubessem que eu, o Senhor, fiz deles um povo santo” (Ezequiel 20:11-12).

Para Deis, as Escrituras, o sábado, o templo e seus utensílios, as festas religiosas, os sacerdotes e, até mesmo, o povo judeu eram considerados sagrados. É importante enfatizar que o sagrado tinha a função de fazê-los lembrar e conectarem-se com Deus. O sagrado era considerado algo santo, separado para Deus.


Jesus reforça que os seus ensinos e as Escrituras são sagrados. Em uma palavra bem dura ele disse: “Não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as pisarão e, aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão” (Mateus 7:6).


O apóstolo Paulo ensina que o nosso corpo é sagrado. Ele disse: “Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; pois o santuário de Deus, que são vocês, é sagrado” (1 Coríntios 3:16-17).


Infelizmente a noção do sagrado está se perdendo. A Bíblia, para muitos, não é mais vista como sagrada, a Palavra de Deus. A Igreja é apenas mais uma instituição e não a igreja de Jesus. Os cultos são mais voltados para agradar às pessoas do que para adorar a Deus. Os próprios templos deixaram de ser espaços consagrados para cultuar a Deus e ser casa de oração e tornaram-se espaços para espetáculos artísticos. A família não é mais vista como uma instituição divina, mas apenas como uma união civil. São alguns exemplos de como o sagrado está deixando de existir. Neste ritmo, temo que até Deus não será mais visto como Santo e Jesus como o Ungido de Deus. Portanto, trabalhe por sua fé para não perder a noção bíblica do que é sagrado.

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