top of page

Estava lendo o texto que narra a tentação de Jesus e chamou-me a atenção o fato de Satanás querer colocar dúvida no coração de Jesus. Por duas vezes, ele iniciou sua fala com esta oração condicional: “Se és o Filho de Deus”, numa tentativa de induzir Jesus a, provando que era o Filho de Deus, usar seus poderes divinos em detrimento à sua humanidade, condição necessária em sua encarnação a fim de morrer no lugar dos homens.


Vemos aqui um padrão de atuação de Satanás. Ele incita os homens a pedirem coisas a Deus com o intuito de levá-los a duvidar da existência do Criador, do seu poder ou de sua condição de filho amado. Vemos isso em algumas falas, tais como: “Se Deus existe, por que existe sofrimento?”, “Se Deus existe, por que há guerras?”, “Se Deus existe, por que me deixa passar por isso?”. A questão não deve ser se Deus existe, mas porque as coisas acontecem desta ou daquela maneira.


Deus existe. Ele é a origem de todas as coisas e está no controle de tudo. Deus existe e criou o universo com as leis que o governam, inclusive leis espirituais. O ato de quebrar essas leis, traz consequências para o indivíduo e para a humanidade.


Quando Jesus ressuscitou, apareceu a vários dos seus discípulos que, depois, contaram a Tomé, mas este não acreditou. Quando Jesus apareceu novamente ao grupo, dessa vez com a presença de Tomé, voltou-se para o discípulo e disse: “Porque me viu, você creu? Felizes os que não viram e creram” (João 20:29). Nós somos os que não vimos, mas cremos em Jesus.


Portanto, não duvide da existência de Deus e de Jesus. Não caia nesta tentação. É bom saber que Deus existe e está no controle de tudo. Jesus disse: “Não deixem que seu coração fique aflito. Creiam em Deus; creiam também em mim” (João 14:1 – NVT).

Compartilho com vocês um texto escrito 60 anos atrás. Diz assim: “Guerras são resultado da decisão de chefes políticos, militares e do mundo dos negócios de travar guerra com o fito de adquirir território, recursos naturais, vantagens comerciais; para defesa contra ameaças reais ou alegadas à segurança de sua pátria por outra potência; ou para enaltecer o prestígio e glória pessoal deles mesmos. Esses homens não diferem do homem comum: são egoístas, com pequena capacidade para renunciar a vantagens pessoais em proveito de outros, mas não são cruéis nem maus. Quando homens assim – que na vida comum provavelmente fazem mais bem do que mal – chegam a posições de poderio onde podem mandar em milhões de pessoas e controlar as armas mais destrutivas, podem provocar um mal imenso. Na vida civil, poderiam ter destruído um concorrente, em nosso mundo de Estados poderosos e soberanos (“soberanos” significa não-sujeito a qualquer lei moral que lhe restrinja a ação), poderão destruir a raça humana. O homem ordinário com poder extraordinário é perigo capital para a humanidade – não o fanático ou o sádico. Mas, assim como se precisa de armas a fim de sustentar uma guerra, precisa-se das paixões do ódio, indignação, destrutividade e medo a fim de levar milhões a arriscarem suas vidas e a converterem-se em assassinos”. Esse texto foi escrito por Erich Fromm, psicanalista, filósofo e sociólogo alemão em seu livro “O coração do homem - Seu gênio para o bem e para o mal”.


E o que Jesus diz sobre o coração do homem? Jesus disse: “Pois do coração saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as imoralidades sexuais, os roubos, os falsos testemunhos e as calúnias” (Mateus 15:19). O coração do homem está contaminado pelo pecado, por isso um homem ordinário com poder extraordinário, ou seja, um homem comum que é elevado a posição de líder de um país pode, movido pelo seu coração, levar sua nação a um conflito bélico, como vemos na Ucrânica. Mas o homem ordinário, o homem comum, enquanto tal, provoca guerras, também, em seu lar, em sua vida acadêmica, em seu trabalho, na igreja, enfim, no grupo social em que faz parte.


A proposta de Jesus para o homem é que ele nasça de novo (João 3. 3). É deixar que Ele o liberte do pecado (João 8.36). Como disse o apóstolo João: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1:7). Então, que Jesus mude o nosso coração.

Para Thomas Friedman, colunista do The New York Times, a tecnologia evolui mais rápido que a capacidade humana. Acredito que isso tem trazido insegurança para muitos, pois não tiveram tempo suficiente para se adaptarem às mudanças. Junto a essas transformações rápidas, temos, ainda, em nossos dias, o surgimento da pandemia e de uma guerra na Europa, ocasionando instabilidade às rotinas da vida. Mas não devemos nos desesperar e nem nos desesperançar. As guerras sempre aconteceram, embora saibamos que poder bélico de destruição global hoje é maior. As pandemias, também, fazem parte da história. Essas crises provocam mudanças e trazem instabilidade. Embora o cérebro seja nostálgico, Deus criou o ser humano com capacidades de adaptação e resiliência, as quais nos ajudam a viver.

No entanto, temos outro fator que deve alimentar a esperança de um mundo melhor. Estudos mostram que, comparado a séculos atrás, a humanidade está melhor no que se refere à educação, à fertilidade, à liberdade, à saúde, à alfabetização e à pobreza, citando apenas algumas das áreas em que houve melhorias. Então, devemos olhar para o futuro com esperança.


Infelizmente, não podemos dizer a mesma coisa em relação ao relacionamento com Deus. Jesus fez uma pergunta para seus ouvintes refletirem: “Quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?” (Lucas 18:8).


Como cristãos, seguidores de Jesus, não podemos perder o foco deixando de colocar nossa esperança em Deus. O mundo está mudando, mas Deus não muda. O conhecimento e as tecnologias mudam, mas a Palavra de Deus, a Bíblia, não muda. A humanidade vai acumulando conhecimentos através de erros e acertos, mas o conhecimento sobre Deus e a vida eterna não muda, não tem algo a ser acrescentado, pois o que sabemos dEle é o que Ele revelou através da Bíblia e isso nos traz segurança. É bom termos esta convicção de que Jesus é a Verdade e que a Bíblia é a verdade de Deus revelada.


Mas temos uma responsabilidade. Jesus colocou a esperança para o mundo em seus seguidores quando disse: “vocês são sal da terra. Vocês são luz do mundo”. Então, cabe a nós praticarmos os ensinos de Jesus de tal maneira que as pessoas vejam Deus em nossas vidas. Sendo assim, que pessoas se aproximem de Deus através de você e que você faça a diferença nos seus círculos de relacionamentos.

bottom of page