top of page

E o grupo de leitura do Min. De Juventude vai começar a leitura do 6° livro, “O Peregrino”, de John Bunyan.


A leitura começará em 15 de setembro e ainda dá tempo de você adquirir seu exemplar e se juntar ao grupo.

As reuniões on-line de leitura ocorrem sempre às quintas-feiras, às 19h;


  • Foto do escritor: Ibbn
    Ibbn
  • 20 de mai. de 2020

Atualizado: 6 de set. de 2022

Por Melissa Fernandes - Vivencias da Quarentena.

Dentre as diversas coisas que Deus tem me ensinado durante esse período de quarentena, o amor, com certeza, é o que mais tem me constrangido.


Hoje acordei bem cedo com crise de cólica. Fazia bastante tempo que não tinha essas dores insuportáveis, a última vez foi antes de ir para o intercâmbio. Fiquei bem assustada. Era como se algo estivesse me esmagando por dentro, a ponto de vomitar de dor, não havia posição nem nada que fizesse para trazer alívio. Tomei um remédio, deitei em minha cama, olhei meu celular e havia mensagem de alguns amigos. Ana Julia era um deles. Ela estava perguntando se eu estava bem e contei sobre o que aconteceu. Horas mais tarde estava no meu quarto, falando com O Senhor, sendo franca, em lágrimas. Com medo, apreensiva, ansiosa e assustada em meio ao processo; correr pros braços do Aba sempre é o melhor refúgio e ali estava eu. A promessa do Senhor em Jeremias 29 é que se O buscarmos de todo coração, O encontraremos. Ele deixará ser encontrado por nós. Por quanto tempo deixamos de buscar verdadeiramente ao Senhor e passamos a viver uma vida de religiosidade? De conformismo? Prepotência e soberba? A soberania de Deus permitiu que houvesse essa pandemia e o que tem sido relevante para nós durante esse tempo? Nós verdadeiramente O adoramos em Espirito e Verdade ou dependemos do lugar de adoração (igreja) para exercermos nossa fé e ler a nossa bíblia? Se colocar aos pés do Senhor, que nos vê em secreto, em um ato de devoção, arrependimento e reconhecimento de que sem Ele não somos nada é para quê o Senhor tem nos chamado...


Voltando à história, passado algum tempo, minha mãe entrou no meu quarto e disse “Mel, Ana está lá embaixo. Tem uma surpresa pra você”. Bom, as lágrimas já corriam soltas... Hahahaha


A Ana não tem dimensão que o bolo ‘mata-cólica’ não foi só um bolo. Não foi só um gesto de amor. Não foi só ela (mais uma vez) provando a amiga/irmã incrível que ela é. Não foi só uma forma de fugir da quarentena pra matar a saudade e podermos nos ver, mesmo que a 1 metro de distância e sem abraços. Foi Deus, diretamente, demonstrando seu amor e cuidado. Foi Ele falando através da vida dela: “Eu estou no controle, eu zelo pelo seu coração e estou cuidando de você. Você só Me ama, porque Eu te amei primeiro. Nada foge do meu controle e tudo você pode por meio de Cristo, que te fortalece. Seja na dor ou na alegria, na pobreza ou na prosperidade, sou eu quem sei os planos que tenho sobre você. Seu coração faz tantos planos, mas Sou eu quem dou a última palavra. Coleto suas lágrimas em meu odre e não rejeito um coração quebrantado e contrito. As muitas águas não poderiam apagar e nada pode te separar do Meu amor.”


O amor é mais sobre o próximo do que sobre você. O amor é sobre entrega, demonstração, dedicação, permanência. Que nesse período de distanciamento social, venhamos a nos aperfeiçoar no amor. Nada pode nos separar do amor dEle e nada prevalece além do Amor. Vamos trazer à memória o que nos dá esperança, e isto é o amor. Desafio você a fazer um gesto de amor por alguém, uma ligação de vídeo, um ato de afeição, uma mensagem, uma carta, qualquer demonstração de amor. A relevância que isso pode ter na vida de alguém é indescritível, assim como tenho certeza de que Ana não tem ideia do quanto significou pra mim. Em tempos de distanciamento físico, não significa que devemos nos afastar daqueles que amamos. Lembre-se, o amor não é sobre você, é sobre o próximo.

Atualizado: 6 de set. de 2022

Por Elisa Calvete - Vivencias da Quarentena.

Eu tenho uma lembrança muito gostosa da minha infância. Quando havia um dia especial (aniversário, principalmente), minha mãe me deixava assistir a algum filme que eu gostava muito em nosso VHS enquanto fazia uma comida que eu tinha preferência. Geralmente, esse filme era de alguma princesa Disney (ou A Pequena Sereia, ou, A Bela e a Fera) e eu particularmente gostava de um macarrão que ela fazia: era macarrão de espinafre com molho de creme de leite.


Quando chegava a hora do almoço, eu já tinha terminado o filme, sentávamos à mesa e comíamos todos juntos. Com o passar do tempo, apesar de ser uma lembrança muito gostosa, era algo que eu pouco pensava. Primeiro porque cresci e posso eu mesma colocar os filmes que quero para assistir (e não se engane pensando que não assisto mais Disney. Ainda amo esses filmes) e, depois, porque muitas vezes sou eu quem faz uma comidinha rápida para comermos.

Outra tradição foi instaurada ao longo dos anos, mas pela minha mãe. Ela ama café da manhã e todos os dias das mães e aniversários dela, vamos a uma padaria e comemos com ela em um Buffet que é servido. Entretanto, com a chegada do corona, essa era uma tradição que não poderíamos repetir esse ano. Quando maio chegou, conversei com minha irmã e decidimos que em 2020, nós faríamos um café em casa, e também, um almoço. Minha mãe pediu para fazer costelinha de porco com arroz.


Tomamos o café e sabíamos que demoraríamos a sentir fome. Então, tiramos a mesa, lavamos tudo e comecei a picar os ingredientes para fazer o almoço. Porém, eu não sei sua mãe, mas a minha ficava perguntando se podia ajudar, o que podia fazer. Porém era o dia dela. Então tive uma ideia. Perguntei se ela já havia assistido o filme live action de A Bela e a Fera. Ainda não.


Coloquei ela de frente para a TV, arrumei o filme na Amazon e ela começou a assistir (foi ela quem me levou o primeiro VHS desse filme e era apaixonada por ele também).


As primeiras notas da música de abertura soaram e ela parou de dar atenção à cozinha enquanto o filme se desenrolava.


Em uma cena engraçada, fui até a sala para ver de qual momento que ela ria. De repente, me lembrei de todas as vezes que era eu, ainda criança, assistindo à Disney enquanto ela fazia o almoço. E percebi que, mesmo que um pouquinho, estava cuidando dela da mesma maneira que ela tanto cuidou de mim. Nessa hora, aquele sorrisinho de alegria apareceu em meu rosto.


O almoço ficou pronto um pouco depois de o filme acabar. Sentamos, comemos, todos gostaram da costelinha de porco com arroz, a ponto de repetirem o prato. Louças na pia sendo lavadas. Pensávamos qual outro filme iríamos assistir.

bottom of page